Profª Maria José de Oliveira Russo
Podemos
perceber que muitas escolas ainda são resistentes às mudanças provocadas pela
inclusão. Devido a desconhecimento e interesses corporativistas que envolvem
pais, professores e especialistas, a educação de alunos com deficiências tem
acontecido em locais separados.
A
inclusão implica mudanças no paradigma educacional, pois sabemos que o ensino
básico é transmissor dos conhecimentos acadêmicos. A divisão do currículo,
fragmentado, acaba por causar um impacto para o aluno incluso. Há também a
necessidade de professores preparados, que venham a aperfeiçoar suas práticas
pedagógicas e que sejam capazes de construir um trabalho que contribua para a
superação da exclusão.
É
necessário um novo olhar, não se pode ver o aluno com deficiência como alguém
que não poderá evoluir além do que foi previsto por outro profissional.
Precisamos ver a inclusão escolar como transformadora.
A
ação educativa inclusiva deve trabalhar o convívio com as diferenças, a
aprendizagem participativa, que tenha sentido para o aluno, que trabalhe o
coletivo na sala de aula.
Se
queremos ter uma escola inclusiva é necessário mudanças. A educação precisa
ser voltada ao preparo do aluno para uma cidadania plena e sem preconceitos,
que reconheça e valorize as diferenças. A escola precisa proporcionar condições
para que o aluno incluso se desenvolva e que tenha a oportunidade de ser e de
viver dignamente.
Precisamos
ampliar nossa visão, pois cada aluno trás consigo uma história, possuem
capacidades que lhe são próprias, basta apenas proporcionar oportunidades que
venham a enriquecer e a promover essa relação.
- EGLÉR MANTOAN, M.T. -“O direito de ser, sendo diferente, na escola”.
(acesso em
22/05/2012)
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